Panorâmica da Freguesia da Carvoeira |
Situada na periferia do Concelho de Torres Vedras, na parte em que este concelho delimita com a região denominada Alto Concelho de Alenquer, a freguesia da Carvoeira tem como vizinhas as Freguesias de S. Domingos de Carmões, Aldeia Galega, Dois Portos, Runa, Matacães e Maxial.
Compõe-se de dez lugares: Carvoeira, Carreiras, Beira, Curvel, Filha Boa, Serra de S. Julião, A – da Rainha, Aldeia de N.º Senhora da Glória, Zibreira e Almagra. Dos 407,07 km do Concelho 14,24 pertencem à Carvoeira, sendo a 12.ª freguesia do mesmo em ordem de grandeza.
Uma freguesia com história
Sobre a etimologia do nome - Carvoeira, existem duas versões: Há quem defenda que ele provenha de Craveira devido aos muitos cravos e flores que existiam e com o passar dos tempos o vocábulo se transformou em Carvoeira.
Outros dizem que não há muitos anos grande parte deste montanhoso terreno era inculto, havia grandes matas e lenhas das quais se fazia carvão de onde deriva o nome Carvoeira, que com o decorrer dos anos veio a dar o nome à região.
Segundo escreve Madeira Torres não será provável e etimologia da flor do cravo, mas sim que derivasse do carvão, visto haver-se descoberto algum mineral naquele sítio. Face a estas boas notícias, foi tentada a descoberta de semelhante produto pela comissão da Academia Real das Ciências.
A constituição cronológica da freguesia da Carvoeira remota a 1287, 20 de Maio daquele ano, sendo a segunda freguesia mais antiga de Torres Vedras, depois de Santa Maria e S. Pedro e S. Tiago constituídas em 1148. O referido Diploma Régio nomeia o primeiro Clérigo para a Igreja da Carvoeira, D. Lopo, o Bolonhês.
Historial da ASF Carvoeira
22 de Março de 1992; 15h e 30m. Na localidade de Carvoeira, a Associação de Socorros acabava de ser criada.
Ficava registado oficialmente aquele momento tão desejado por todos e em especial pelo grupo ou comissão que deu alma e corpo a este projecto. A oportunidade surgiu durante uma reunião de Assembleia de Freguesia, através de uma proposta do executivo da Junta, com a intenção de criar um grupo de trabalho que englobasse pessoas de todas as localidades da Freguesia, designadas pelas respectivas colectividades, e elementos da Assembleia de Freguesia. Esta Comissão Instaladora tinha como objectivo, assegurar o funcionamento, angariação de fundos e a dinamização para a formação de uma Direcção.
O dia 22 de Março, ficava assim marcado para a história da Associação, como o lançamento das bases para formação desta grande Instituição, que após seis anos, vê finalmente reconhecida pela Câmara Municipal, (Medalha de Mérito Grau Cobre), e em dez anos através do Governo (reconhecimento de Instituição de Utilidade Pública), a sua obra social e humanitária, um verdadeiro orgulho para todos.
O pavilhão Desportivo da Casa do Povo da Carvoeira, foi o palco da primeira reunião, que conseguiu juntar mais de cinquenta pessoas, foi então eleita pelo sistema “á doc.” Uma mesa, que ficaria constituída por elementos de cada colectividade, tendo ainda a presença do vereador de Obras da Câmara Municipal de Torres Vedras, que sendo natural desta freguesia quis participar nesta reunião.
A reunião começou com a apresentação dos elementos que passariam a fazer parte da mesa; José Manuel Cristóvão e Rui Correia Luís, representantes da Junta de Freguesia; José Mário Antunes, representante da Associação Cultural do Curvel; João Ramiro Correia, representante do Grupo Cultural e Desportivo da Casa do Povo da Carvoeira; José Cândido da Cunha Rodrigues, representante da Associação Cultural e Desportiva da Aldeia NªSª Glória; Jorge Baltazar, representante da Associação Dramática e Recreativa de Carreiras; António Franco, representante da Associação Desportiva, Recreativa e de Melhoramentos de Zibreira e Almagra; Acácio Ramos Lucas, representante da população de A-da-Rainha; António Manuel Pinheiro dos Santos, vereador da Câmara Municipal de Torres Vedras e ainda Vítor Manuel Brettes.
O momento que se seguiu foi o da elaboração e aprovação dos estatutos, que depois de aprovado ficava assim redigido como ponto número um a denominação e fins: “ É fundada nesta data em Carvoeira, referida uma associação de carácter humanitário e de duração ilimitada, denominada A.S.F.C. (Associação de Socorros da Freguesia de Carvoeira), tem a sua sede social no lugar de Carvoeira, mesma freguesia de Carvoeira, deste concelho e tem por fins; a) socorrer feridos e doentes e a protecção por qualquer outra forma ao seu alcance de suas vidas; b) promover e desenvolver acções culturais na região em que se insere particularmente entre a população da aldeia; c) promover o recreio e inter-relações entre os seus associados por todos os meios ao seu alcance. “.
21 de Junho de 1992 . Passagem de testemunho da Comissão Instaladora para os primeiros Corpos Gerentes da Associação de Socorros, que teve como Presidente da Direcção, Carlos Augusto Baltazar Faria; Presidente da Assembleia Geral, António Manuel Pinheiro dos Santos e Presidente do Conselho Fiscal, Francisco Manuel Costa Fernandes, entre outros directores (ver Cronologia).